De uns anos pra cá a informática passou a fazer parte de nossas vidas, não de forma planejada, programada, mas sim de forma automática e muitas vezes totalmente transparente a nossos olhos. Transparente, pois em nosso dia a dia utilizamos inúmeros produtos/serviços e muitas vezes não nos damos conta do quanto há de informática neles. Algumas coisas são mais obvias como smartphones e tablets, com seus programas e configurações, mas temos muita informática também em nossos carros, TVs e por que não dizer, até em algumas geladeiras.

A informatização da sociedade chegou a um nível que, por mais que sejamos saudosistas, não temos como evitar, precisamos usá-la, temos que usá-la, pois a sociedade espera isso da gente.

Até um tempo atrás, as pequenas e médias empresas ainda podiam se esquivar da informatização mais profissional, mas isso mudou. Hoje mesmo as pequenas empresas precisam se informatizar, pois precisam emitir suas notas fiscais, agora eletrônicas, gerar seus balancetes, seus controles.

Com a inevitável informatização, o primeiro passo do pequeno empresário é comprar seu microcomputador e instalar um link de internet em sua empresa, procedimento que neste caso se confunde um pouco com a compra de um eletrodoméstico, pois na grande maioria dos casos o pequeno empresário não tem conhecimento técnico para selecionar o melhor produto a ser comprado, acabando por pedir orientação a amigos, familiares ou até ao próprio vendedor do equipamento.

Vencida essa primeira etapa, o empresário descobre que seu equipamento não serve pra nada se não tiver softwares instalados nele. Softwares para editar textos, criar planilhas eletrônicas, navegar na internet, ler emails, gerenciar estoque, folha de pagamento, etc., etc., etc., UFA. Tudo isso prontamente “obtido” e instalado pelo sobrinho mais antenado, pelo colega da faculdade, etc.

Nesta etapa do processo vejo que começam os problemas, os riscos. A capacidade de gerar e armazenar informações, em computadores é muito grande, e em uma pequena empresa, onde não há formalmente uma área de TI para orientar e parametrizar, as informações do dia a dia da empresa acabam sendo manipuladas e armazenadas sem qualquer critério.

O empresário acaba percebem isso quando ocorrem as perdas, e em uma empresa sem TI, são inúmeras as possibilidades para isso:

  • Sem orientação do TI o equipamento pode pegar um vírus e perder todas as informações, programas e dados, de vários anos de trabalho.
  • Podemos perder os dados e também o equipamento por uma pane elétrica na tomada do computador, pois essa tomada não era adequada.

Esses são apenas dois exemplos, muito comuns de como os riscos existem e são grandes em empresas que não tem um TI forte.

Ocorrendo fatos como esses, devemos imediatamente buscar a recuperação do sistema, substituindo partes danificadas e restaurando os backups. Backups? O que são backups? Pois é, aí temos a clara definição que precisamos de TI em nossas empresas. Para restaurarmos os programas e informações armazenadas ao longo dos anos, devemos ter uma cópia delas, sempre atualizada.

Eu entendo que para uma pequena empresa, os custos de um departamento de TI são inviáveis. Mas existem alternativas para isso. Em pequenas e médias empresas a gestão de TI não precisa ser diária. O gestor de TI deve inspecionar o ambiente, tornando-o eficiente e seguro e então fazer visitas semanais para monitorar e fiscalizar o andamento dos processos, garantindo assim a segurança que o empresário precisar para manter o foco em seu negócio.

Outro ponto importante, quando digo Gestor de TI, digo Gestor de TI e não um sobrinho bem intencionado ou “meu amigo da faculdade”. Insisto nisso pois deve existir comprometimento desse Gestor com o negócio da empresa, caso contrário não vai funcionar.