Foi em 1º de maio de 1995 que começou a ser oferecida no Brasil, para pessoas comuns, a conexão comercial para a rede mundial de computadores. Na época, pesquisadores e acadêmicos brasileiros já usufruíam dos benefícios oferecidos a algumas universidades.

O primeiro grande impacto, a primeira grande revolução, foi o e-mail. Uma ferramenta que aumentava exponencialmente o potencial de comunicação. As possibilidades eram imensas. Em outubro, o primeiro site de buscas, o ‘Cadê’, tinha apenas 300 endereços web cadastrados. Eram páginas de universidades, estudantes e acadêmicos. Em 30 dias, já eram 1.500 endereços.

Em 1998, ainda no segmento dos buscadores, surgiu a fase beta do Google. A inovação estava na automação da indexação de páginas, ao invés da usual intervenção e pesquisa humana. O sucesso foi tão estrondoso que o Google acabou com os 2 grandes portais americanos líderes em buscas na internet – AltaVista e Lycos. Além de ser um bom buscador, o Google também inovou na forma de vender anúncios.

Registrar domínios nacionais foi uma febre. Depois que a Fapesp negociou, em 1994, o primeiro bloco de IPs (endereços) para o Brasil, os provedores passaram a oferecer o acesso à ponta final, ou seja aos usuários. Bancos, sites de notícias, empresas e organizações garantiram seu espaço na rede registrando os primeiros domínios. Em 1996, o recém-criado Comitê Gestor da Internet, tinha aprovado e liberado 850 deles. Hoje, segundo o fechamento do Registro.Br, a autoridade que administra e dita as regras da web no Brasil, são mais de 3,6 milhões!

E quem eram e quem são hoje os internautas? Boa pergunta. O perfil do internauta mudou muito em 20 anos. Em 1995, quando a Embratel (uma estatal ligada à comunicação e a pioneira a rotear o sinal da internet mundial no país) começou a oferecer a possibilidade de acesso ao mercado, 250 consumidores foram selecionados para testar a novidade. Eram aficionados por tecnologia e da classe alta, pois tinham que ter dinheiro para comprar um PC!

Atualmente, segundo o IBGE, existem 120 milhões de internautas brasileiros conectados, em uma população de 203 milhões de cidadãos. 54% pertencem à classe C, 36% às classes A e B.

Estar conectado hoje, segundo a ONU, Organização da Nações Unidas, é um direito humano. Você concorda?